Vômito

Corto os cabelos e a vida
Com tesouras e palavras
emprestadas. Aquelas que imito dos meus filmes favoritos.

Apenas vivo neste terror de simulacros
dentro de uma vida plástica.
Vivo na tentativa de ser o que sou inclusa na pós-modernidade de numerosos ísmos.


Vivo do que leio!
Nas páginas já preferidas
Onde percebo antropomorfismo e atitudes humanas animalescas

Ao androgeno e ao mesclar
Um brinde
Um trago
Sentada sobre minha vida... olho pela janela da minha alma e ausculto perspectivas...
De um mundo melhor
Onde o cigarro e mais barato e não faz mal

Apenas uma noite... de reticências.. nada mais que uma noite

Gosto muito da sonoridade de algumas palavras.
Palavra coisa besta e excentrica,
Aliterações multiplas e sensações extremas.
O gosto e o cheiro...
O desejo.
Do beijo desejoso adjetivado saudoso memoriais inescrupulosos e vivos.
Conectividade mágicas e sonoras com cores saborosas
Sinto-te na ponta da lingua o suor.
Nao lhe quero parecer romantica ou poetisa Quero ser sua ao menos por uma noite de de lençois frouxos, emaranhados e descabelados.
Frio e calor, Calafrio do cheiro daquela vontade vaga e foguenta azul sabor laranja.
Sinestesias onomatopeticas neologicas idéias.
Urdir e pintar a vida de rosas brancas de jardins prozóicos.
Claros como o sol em estrelas amarelas flor de campo das minhas serra gerais.